Esta charada tem perturbado pais, professores e estudiosos há muito tempo: aprender a linguagem às vezes parece algo ridiculamente fácil e, outras, impassivelmente difícil. As vezes é fácil fora da escola e difícil na escola. Por exemplo, praticamente todos os bebês aprendem a falar a língua que ouvem em casa de forma notavelmente boa em muito pouco tempo, sem qualquer ensino formal. Mas quando vão para a escola, muitos parecem ter dificuldades, especialmente com a linguagem escrita, embora sejam instruídos por professores diligentes, que utilizam bons materiais didáticos. A proposta de Goodman, atualmente muito aplicada nos Estados Unidos, busca solucionar este paradoxo através do programa de Linguagem lntegral.Tal proposta visa a substituir práticas escolares que tornam a linguagem difícil de se aprender - como a decomposição da linguagem integral (natural) em pequenos pedaços abstratos -, afastando-a de seu propósito natural - a comunicação de significado. A divisão das palavras, sílabas e sons isolados transformou a linguagem em um conjunto de abstrações sem nenhuma relação com as necessidades e experiências das crianças que tentamos ajudar. O movimento da Linguagem Integral permite aos professores estimular o uso natural da linguagem pelos alunos, tornando-a mais interessante, mais estimulante e mais fácil para os alunos e seus professores. O que acontece na escola apóia e expande o que acontece fora da escola. Os programas de linguagem integral reúnem tudo: a linguagem, a cultura, a comunidade, o aluno e o professor.