Ao refletirmos acerca dos hodiernos pilares que sustentam o ensino jurídico no Brasil, levando-se muito em conta todo o prospecto histórico que o abarca, invariavelmente atracaremos em uma desafiante conclusão: urge, pois, a necessidade de modificarmos os alicerces de tais sustentáculos. Tais desafios emergem nas linhas e nas entrelinhas de professores e autores que, a exemplo da presente obra que tenho a honra de prefaciar, se colocam nesse arrostar dos dilemas jurídicos e sociais contemporâneos, sob a perspectiva da haurir e explicitar o estatuto jurídico das titularidades, vale dizer, do direito sobre as coisas. As fontes e nascentes que engendram e cultivam o paradigmático solo da produção de conhecimento jurídico, hoje se demonstram incapazes de fomentar a colheita de ideias e compreensões semeadas através de novos horizontes desenhados pela atual perspectiva constitucional em sua pretendida completude. A presente obra, em linguagem prática, apresenta ao aluno da graduação os vastos campos da posse, da propriedade e dos direitos reais sobre coisas alheias. O autor procura demonstrar como o Novo Código Civil busca a efetivação do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. Um verdadeiro manual, fruto das notas de aulas do autor.