Publicada em 19 a.C., logo após a morte de Virgílio, a Eneida está para o mundo romano como a Ilíada e a Odisseia para o mundo grego ? faz o inventário de seus mitos, dá a medida das paixões e dos deveres humanos, instaura uma ética para as relações sociais, inventa um passado coletivo e fundamenta concepções de mundo que iriam perdurar por mais de mil e quinhentos anos. Com a bela tradução de Carlos Alberto Nunes, e organização de João Angelo Oliva Neto, da Universidade de São Paulo, esta edição inclui uma minuciosa apresentação, inúmeras notas e um resumo das ações de cada um dos doze cantos da obra, entre outros aparatos. O resultado é um volume completo no qual o leitor pode acompanhar as múltiplas dimensões do périplo de Eneias, das ruínas de Troia à gênese da civilização romana. Virgílio tem a centralidade do clássico único; está no centro da civilização europeia, em uma posição que nenhum outro poeta pode compartilhar. (T. S. Eliot)