Sucesso de público e de crítica, a britânica Sophie Hannah é considerada o principal nome da literatura policial contemporânea do Reino Unido, e ainda assina premiados livros de poesia. Ela chega ao país pela Rocco, editora responsável por apresentar alguns dos mais importantes nomes do segmento policial, como Tana French e Benjamin Black (pseudônimo de John Banville). Publicada em 32 idiomas, Sophie Hannah também foi a primeira escritora a obter autorização dos herdeiros de Agatha Christie para dar nova vida ao detetive Hercule Poirot, escolha que a coloca no panteão dos grandes nomes do thriller policial. Em A vítima perfeita, Sophie Hannah arma uma trama complexa envolvendo sentimento de culpa, medo, obsessão, conectados, como tudo mais hoje em dia, aos meandros da internet. Trata-se de um romance criminal que lembra em sua construção, suspense e qualidade estilística as melhores obras de Patricia Highsmith, considerada a maior expoente do gênero. Naomi Jenkins dedica-se a um trabalho incomum: construir por encomenda relógios de sol nos quais sempre grava frases em latim: Horas non numero nisi aestivas (Eu só conto as horas ensolaradas). É solteira, mora com uma amiga, e há três anos passou por uma dolorosa experiência, que não quer revelar a ninguém. Nem sequer a Robert Haworth, o motorista de caminhão que é seu amante, e com quem se encontra todas as quintas-feiras, no mesmo horário, e no mesmo quarto de hotel. Um dia, Robert não comparece ao encontro e não atende as chamadas de telefone. Desconfiada, Naomi decide procurá-lo. O caminhão está estacionado em frente a casa dele, mas, mesmo assim, ao espiar pelas janelas, ela intui que alguma coisa terrível aconteceu. Sobretudo quando Juliet, a mulher de seu amante, a descobre espionando, e lhe diz, friamente, que as duas, a partir de agora, estarão muito melhor sem ele. Quando Naomi procura a polícia para registrar o desaparecimento de Robert, entram em cena outros personagens importantes na obra de Sophie Hannah: os detetives Charlie Zailer e Simon Waterhouse, casal cheio de química, e que vive às turras com o inspetor Giles Proust, apelidado Homem de Neve. A agitada Charlie e o circunspecto Simon são protagonistas de uma série de livros da autora, e conferem um tom mais ameno, às vezes francamente engraçado, às tramas mais pesadas dos livros. Para chamar a atenção, Naomi inventa que o amante é, na verdade, um psicopata sexual. Relata então seu segredo, uma agressão que ela própria vivenciara, com requintes de crueldade e teatralidade, e que estava relatada em um site de ajuda a mulheres que sofreram com abusos sexuais e estupros. Romance que aborda a relação entre homens e mulheres, sem descuidar do mistério e da intriga, daqueles que não se consegue parar de ler até a última página, A vítima perfeita ainda reserva surpresas e reviravoltas inesperadas. Aos poucos, o leitor vai se dando conta de que todos os personagens estão ligados de alguma maneira e que todos escondem algum tipo de segredo. Em 'A vítima perfeita', Sophie Hannah arma uma trama complexa envolvendo sentimento de culpa, medo, obsessão, conectados, como tudo mais hoje em dia, aos meandros da internet. Trata-se de um romance criminal que lembra em sua construção, suspense e qualidade estilística as melhores obras de Patricia Highsmith, considerada a maior expoente do gênero.