"Lembrei-me de como meu avô fracassara como agricultor e tornara-se um empresário de sucesso. Por que não seguir seus passos? Por que não começar uma agência de propaganda? Eu tinha 38 anos... Nenhuma credencial, nenhum cliente. Apenas US$ 6.000 no banco." Se lhe faltavam credenciais ou dinheiro, David Ogilvy compensava isso com inteligência, talento e inventividade. Tornou-se a quinta essência da publicidade, um revolucionário, cujo impacto na profissão ainda repercute até hoje. Suas campanhas brilhantes ultrapassaram a publicidade bem-sucedida, originando vários ícones culturais. Muito antes de agitar a Madison Avenue, David Ogilvy teve experiências e aventuras fascinantes. Quando a Primeira Guerra Mundial deixou a família em situação financeira crítica, David foi estudar com bolsas de estudo em colégios da alta burguesia. Abandonou os estudos em Oxford, pondo-se a caminho em uma estrada às vezes surpreendente, às vezes turbulenta. Trabalhou como cozinheiro em Paris e vendeu fogões a freiras na Escócia. Essa jornada notável levou o jovem ambicioso à América, onde, com George Gallup, dirigiu um serviço de pesquisas para os magnatas do cinema de Hollywood; depois, foi fazendeiro na Pensilvânia, onde se apaixonou pela comunidade amish; e na Segunda Guerra Mundial, ei-lo trabalhando no serviço secreto inglês em Washington. Aí, com a ajuda de seu irmão, Ogilvy conseguiu um emprego na Mather & Crowther, uma agência de propaganda em Londres. O resto é história. Um empresário inovador, um grande narrador, uma lenda genuína em sua própria vida. David Ogilvy é excepcional. E sua autobiografia também.