A prática da Oncologia vem sofrendo uma revolução na última década, tendo como protagonista e denominador comum os avanços tecnológicos na saúde. É fato que todo esse avanço vem acompanhado de uma avalanche de informações com milhares de artigos publicados em revistas respeitadas, além de novos dados e conceitos apresentados em dezenas de congressos e simpósios realizados anualmente. Para o profissional da área de Oncologia esta atualizado não é só uma questão de opção, mas talvez de estratégia. É nesse contexto que tem havido uma segmentação da Oncologia, com o surgimento de subespecialidades e superespecialistas nas áreas de tórax, mama, melanoma, etc. Equalizar conhecimento e linguagem é o grande desafio, e, talvez, uma das maneiras de se fazer isso seja em torno de temas específicos. É importante ressaltar que a segmentação da Oncologia em subespecialidades acabou sendo topográfica e não tema-específico. Como resultado, zonas de interseção de atuação podem surgir, nas quais o conhecimento especializado torna-se superficial ou genérico. Áreas que poderíamos chamar de cinzentas do conhecimento e do cuidado oncológico. É nesse nicho de temas negligenciados, seja por existir um certo vácuo de conhecimento mais específico, ou por não fazerem parte da formação clássica dos profissionais - ambos fundamentais para a compreensão e exercício da oncologia contemporânea - que surge a Série Câncer. O objetivo é cobrir áreas negligenciadas pelos profissionais da Oncologia, bem como equalizar o saber dentro das equipes multidisciplinares. Cada volume da Série Câncer trata de um tema específico, em geral não coberto de maneira aprofundada e crítica em manuais ou tratados de Oncologia. Buscamos sempre apresentar os temas de modo objetivo e com aplicabilidade na prática diária da Oncologia. Para tal, profissionais de notório saber teórico e prático serão convidados para editar os volumes.