"Com o colapso da União Soviética em 1991, os países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia deram início aos seus respectivos processos de restauração da independência, o que gerou a necessidade de se reposicionarem no sistema internacional do pós-Guerra Fria. Na época, duas opções se apresentavam: de um lado, aproximação com o Ocidente e, especialmente, com a União Europeia; de outro, o estreitamento das relações com a Rússia, que desejava (re)construir sua liderança no chamado espaço pós-soviético. Esta obra tenta compreender de que forma os discursos de russificação e de europeização ressignificaram as identidades nacionais de Estônia, Letônia e Lituânia, produzindo uma dinâmica de atração e repulsa nas relações triangulares entre União Europeia, países bálticos e Rússia, cuja tensão se agravou com o recente discurso expansionista da Nova Rússia (Novorossiya) de Vladimir Putin."