São muitas as chaves para a leitura deste Lume. A primeira delas diz respeito ao trabalho do escritor com a palavra, matéria-prima árdua e fugidia, a ser cinzelada com suor e sangue de artifície, a ser lavrada para germinar em poema. Essa questão da construção literária e poética será tema recorrente, ecoando as vozes de outros escritores que deram o sangue e a vida pela arte, de Maiakovski a Sylvia Plath, passando por Camus, Poe e Dickinson, visitando Adélia Prado, dialogando com Neruda e Vargas Llosa.