Este livro trata de uma das mais clássicas questões da História e Ciências Sociais latino-americanas: a entrada das camadas populares urbanas e rurais no cenário político do continente. Para enfrentar processo tão complexo e com demarcação temporal tão variada, o autor estabeleceu uma precisa estratégia teórico-metodológica. Partiu da constatação da falta de enraizamento do marxismo comunista na América Latina, sobretudo face à interpelação de esquerdas nacionalistas, sob formas discursivas variadas. Por isso, decidiu analisar as relações de aproximação e de afastamento entre esses dois discursos que, se concorreram entre si, também realizaram alianças, ainda que tensas e ambíguas. Algo que só poderia ser feito, a partir de estudos de caso, em perspectiva comparada, razão pela são examinados os exemplos do Peru, nos anos 1920/ 30 e do Brasil das décadas de 1950/60.