Este livro tem por objetivo propor alguns critérios básicos para o desenvolvimento de plásticos de engenharia em aplicações, componentes e partes dos veículos chamados populares, particularmente no Brasil, em substituição a partes tradicionalmente usinadas, fundidas ou injetadas em ligas metálicas. A despeito da desconfiança que envolve alguns dos componentes em plásticos que se destinam às aplicações automotivas, (e uma das principais razões está nas elevadas temperaturas presentes em algumas áreas do automóvel), as grandes indústrias do setor não deixam de conceber novos projetos em polímeros de alta performance, para aplicações tidas como críticas em termos de resistência geral. Os chamados plásticos de engenharia são preferivelmente escolhidos pela sua fácil processabilidade e flexibilidade em propiciar desenhos mais complexos, com boa estabilidade dimensional e excelente resistência à corrosão em ambientes de hostilidade química. No passado, as empresas claramente optavam pelos plásticos chamados de termofixos, quase esquecidos ou obsoletos (principalmente devido aos processamentos mais custosos e/ou mais lentos). Hoje são largamente substituídos pelos termoplásticos de engenharia, cujo consumo em alguns carros brasileiros alcança cerca de 130 kg de plásticos em seu interior e/ou exterior, reduzindo o peso total do automóvel, os custos de processos, aumentando a economia de combustível, aliada a uma excelente aparência superficial. Esta obra aborda a possibilidade de se propor critérios mais objetivos na fase inicial de seleção de plásticos de engenharia (notadamente poliamidas, acetais, poliésteres e policarbonato), aumentando a eficácia da escolha e diminuindo custos (evitando erros e economizando tempo). Enfim, um guia prático de consulta para engenheiros e profissionais do setor automotivo brasileiro. Cabe notar, que após esta fase inicial, a decisão de escolha do material plástico deverá ser confirmada com a execução e validação de testes específicos de performance e durabilidade do produto acabado.