Controlar o que ingerimos é sempre um sonho de poder. Mas estar submetido a uma intensa impossibilidade de ingerir alimentos revela, de forma dramática, a natureza subjetiva deste mesmo poder. Não se alimentar ou então ingerir grandes quantidades de comida, para imediatamente depois devolver tudo, pode ter surpreendentes relações com o ideal e a culpa e pode estar relacionado com a autodestrutividade. Este livro examina, com inteligência e perspicácia, os diversos sentidos dos distúrbios da oralidade para a constituição de um sujeito.