Este livro, fugindo da tendência das obras que elegem um modelo como verdadeiro e procuram reduzir todos os demais a este paradigma, tem dois propósitos definidos: expor as principais correntes do pensamento econômico que se cristalizaram em escolas e incentivar a volta às fontes desse pensamento. A história do pensamento econômico, por mais científica que se pretenda, não escapa a certo subjetivismo. Negar isso é negar o próprio processo de produção do saber no campo das ciências sociais, onde todo fato é de alguma forma valorado. Este livro caminha nesta direção, procurando mostrar que os grandes economistas sempre partiram de problemas concretos, típicos de sua época, levando em conta, explícita e implicitamente, certo ideal de sociedade. Nesse sentido, a economia pode deixar de considerar a ideologia e seus reflexos na formação do pensamento econômico. A ideologia na economia foi aqui tratada com seriedade, profundidade e rigor. Há uma posição contrária a esta que julga possível a construção de uma "ciência econômica" sem referência explícita à forma de sociedade existente e às forças econômicas, sociais e políticas atuantes no interior dessa sociedade. Esta posição tipicamente neopositivista foi abandonada neste livro cujo fio condutor é a noção de historicidade como categoria básica na formação do pensamento econômico. Ao final de cada unidade são apresentadas questões para verificação da aprendizagem e uma pequena bibliografia comentada, que chama a atenção para a obra dos grandes economistas.