Este é o primeiro livro de uma série de quatro volumes dedicados à arqueologia do sujeito, que procuram reconstituir seu nascimento, seu desabrochar, sua ascensão progressiva à posição de titular único das funções do eu, do indivíduo e da pessoa: sujeito falante, sujeito pensante, sujeito desejante; em uma palavra, sujeito agente. Se esta obra se filia à "Arqueologia do Saber", de Michel Foucault, e a um conjunto de textos de Martin Heidegger, nem por isso trata de história da subjetividade ou de genealogias do sujeito, mas sim do desenvolvimento de uma forma discursiva, a forma “sujeito”, seus teoremas, princípios e conceitos, das diversas disciplinas a que se submeteu, até os confins da metafísica, da lógica e da filosofia do espírito. Este primeiro volume cobre um arco temporal que vai de Aristóteles a Brentano, passando pela Idade Média, pela Segunda Escolástica e pela Idade Clássica.