Elissa Rhaís foi uma escritora de grande sucesso entre 1918 e 1939 com seus romances, entre eles ''O café cantante', ''A filha dos paxás'', ''Kerkeb, dançarina berbere'', entre outros. Em junho de 1939, um espantoso escândalo estoura. Por ocasião da candidatura, apoiada pelas mais altas personalidades da época, da célebre mulher de letras à Legião de Honra, descobre-se um estranho caso de falsidade - Leila Bou Mendil, conhecida como Elissa Rhaís, é iletrada, quase analfabeta. Ela só fez assinar os livros escritos por um jovem parente, Raul Tabet, que ela fazia passar por seu filho e que mantinha prisioneiro há quase vinte anos. A morte de Elissa Rhaís e a guerra fizeram esquecer a história. Vinte cinco anos depois, Raul, que havia refeito sua vida e abandonado toda atividade literária, contou ao filho o drama de uma mulher que, aprisionada no harém de seu marido na idade de dezessete anos, se vingou mais tarde dos homens e do mundo subjugando o jovem Raul que, para sobreviver, se refugiou na escrita.