Nesta história, não tem santo. Os mais bonzinhos dedicam seu tempo a explodir bancos e matar policiais. O tráfico de drogas une policiais e bandidos. O herói é um junkie que sustenta o vício em heroína assaltando postos de gasolina. E faz isso com armas que tomou 'emprestado' da irmã, uma guerrilheira do ETA (organização separatista radical basca). Zestas não tem ambição política, não tem princípios e não tem sentimento de culpa pelo rastro de sangue que deixa no caminho. Ele só quer sobreviver, e se dar bem. Esta é, antes de tudo, uma história de ação. Daquelas que podiam acontecer em outros tantos lugares do planeta. Afinal, qualquer ambiente em que a decadência se mostra em forma de violência generalizada é cenário perfeito para aventuras sangrentas como as de Zestas. Por isso essa história é ofensiva - porque fala de uma realidade ofensiva. Sem delicadezas. Uma história de submundo.