O dicionário é composto por palavras que designam conceitos e objectos ligados às novas tecnologias da informação e da comunicação. Provêm principalmente da informática e das tecnologias ligadas à Internet, aos jogos de vídeo, ao telemóvel, ao multimédia, mas também à exploração espacial, à segurança automóvel, às novas profissões, aos progressos médicos, etc. Designam objectos ou técnicas que geralmente só existem no estado de protótipo ou de novidades tecnológicas propostas a alguns privilegiados com sorte ou a adeptos precursores. Contudo, o seu uso está destinado a generalizar-se e a banalizar-se nos próximos anos e fará parte do nosso quotidiano no limiar do novo século. Estas palavras são hoje utilizadas pelos investigadores, pelos industriais e pelos utilizadores mais entusiastas. Podemos encontrá-las na imprensa especializada e, num dado momento, emergem na imprensa destinada ao grande público. Privilegiámos voluntariamente os suportes destinados a um público pouco especializado. O seu período de irrupção é recente e concentrado (globalmente de 1995 a 1997). No entanto, permite destacar já sinais de evolução muito nítidos (preferência por um sinónimo, estagnação de determinada expressão, desaparecimento previsível de um vocábulo...). A presença frequente de aspas nos termos propostos tem valor de indicador de novidade e, por vezes, de hesitação, por parte do redactor. As citações de obras de livraria são voluntariamente limitadas e excluímos os romances de ficção científica. Embora seja certo que nestes abundam os neologismos (alguns dos quais conhecem mais tarde belas carreiras na língua corrente), trata-se sobretudo de criações de autores que correspondem a conceitos inventados ou a técnicas fictícias ou imaginárias.