Em "O banquete", Platão entrelaça especulação teórica e criação estética de tal forma que é difícil enquadrar a obra exclusivamente na história da filosofia ou na da literatura. Ao discorrer sobre o amor, depois de sucessivas e insatisfatórias maneiras de abordar o tema, Platão expõe, pela fala de Sócrates, a doutrina do amor platônico, que em sucessivos graus de abstração conduz a uma espécie de união mística com a forma ideal da beleza a que chega o verdadeiro enamorado das coisas belas