O mais estranho dos países reúne as principais crônicas de Paulo Mendes Campos cujo tema central é, como o título já sugere, o Brasil. No livro, o mineiro, um dos maiores cronistas de todos os tempos, também evoca personagens de sua intimida"O Mais Estranho dos Países" pode ser dividido em duas seções. Na primeira metade, com textos centrados nos anos 1960, Paulo Mendes Campos dedica-se à exaltação do Brasil. Eram tempos do nascimento da bossa nova, do cinema novo, a arquitetura e o futebol encantavam o mundo com seu atrevimento ensolarado. Embora arrebatada, porém, sua prosa é concisa, elegante e com olho fino para a feitura precisa da frase. A segunda metade é devotada à arte do perfil - e Paulo Mendes Campos tinha grandes personagens e anedotas sensacionais à disposição. Preciosos são justamente os perfis dos amigos, tão ternos quanto informativos no detalhe. Definições arrebatadoras: "Ari Barroso não foi tão assíduo quanto Antônio Maria no Ministério da Noite, mas não chegou a ser um funcionário relapso". Palavras de um autor arrojado e sempre em busca da frase definitiva.