Ao nos depararmos com a história dos carrascos nazistas ou com os relatos da adesão popular ao regime facínora, é comum qualificarmos os envolvidos como perversos, sádicos, anormais, recalcados e monstruosos. Mas será que essas são as categorias adequadas para descrevê-los? É o que investiga Contardo Calligaris neste O grupo e o mal. Escrito em 1991 como uma tese de doutorado da Universidade da Provença, em Marselha, na França, este livro é agora traduzido e editado postumamente para o público no Brasil após ter gerado intenso debate e interesse no meio acadêmico. Por meio da combinação de teoria e prática clínica, o autor tenta descobrir a razão pela qual aceitamos a instalação de atrocidades em nosso cotidiano.