Em 'O impressionista', um artista-assassino com algum senso de justiça utiliza, de forma magistral, a combinação entre artes plásticas, literatura e leis da física como principal arma. O modus operandi, exótico em sua complexidade, consiste em deixar cair da maior altura possível um livro volumoso e de qualidade questionável sobre a cabeça das vítimas, com extrema precisão. A cada impacto, embalagens com tinta acopladas às páginas da obra explodem, se misturam ao sangue e criam pinturas de mórbida beleza enigmática, que ao serem observadas de um ponto distante dão asas à imaginação do detetive de polícia Tristán Duchamp. Ao iniciar a investigação ele constata, além da evidente premeditação dos assassinatos por um especialista em vários campos, que os "livros que matam" guardam íntima relação com a personalidade dos alvos escolhidos. Não encontra, entretanto, suspeitos, motivo, ou ligação entre as vítimas. À medida que se aprofunda no caso, Duchamp percebe que será preciso estar à altura do desafio para enfrentar o lado sombrio de Renoir, Monet e Cézanne.