O propósito principal deste ensaio é contrastar duas teorias rivais sobre a natureza da liberdade humana. A primeira, que tem sua origem na antiguidade clássica, está no centro da tradição republicana romana da vida pública. A segunda é que a maior parte da literatura existente corporifica uma pretensão aparentemente insustentável. O autor aborda a teoria política de Hobbes não simplesmente como um sistema geral de ideias, mas também como uma intervenção polêmica nos conflitos ideológicos de seu tempo. Para entender e interpretar seus textos, é necessário reconhecer a força da máxima segundo a qual as palavras também são atos. Ou seja, é importante se colocar em uma posição que permita captar que tipo de intervenção os textos de Hobbes podem ter constituído.