O livro resgata a memória dentro da música brasileira carcterizado pelas mensagens de cunho sócio-político e que teve nos festivais da década de 60 um espaço privilegiado para sua constituição e desenvolvimento. Os festivais, cujo período áureo foram de 1965 a 1968, abriram espaço para a apresentação de jovens compositores e intérpretes que se consagraram com canções que traziam muito das preocupações daquela época, em que a música era um veículo de denúncia e crítica dos problemas existentes, provocando a uma reflexão acerca das arbitrariedades sócio-políticas e contribuindo para uma politização maior do seu público. Em 1969, com o endurecimento da censura e da repressão, os festivais abriram espaço para outros talentos e outras composições já muito esvaziadas dos atributos que os marcaram até 1968.