Fukuyama mostra como os líderes políticos americanos subestimaram tanto a hostilidade estrangeira suscitada pela guerra com o Iraque como as dificuldades da reconstrução daquele país. Em seguida, com a acutilância na análise da política internacional a que nos habituou, relaciona os problemas no Iraque com tendências mais amplas, incluindo as recentes revoluções na Europa de Leste. O que deverá fazer a América agora? Uma vez que nenhuma das teorias estabelecidas consegue orientar a actual política externa do país, Fukuyama sugere uma nova abordagem: enfatiza a importância de se tratarem as questões do desenvolvimento e da criação simultânea de instituições internacionais - o que iria evitar a guerra chamada «preventiva». É uma forma nova e potencialmente mais popular de relacionamento dos Estados Unidos com o resto do mundo. «Cheguei à conclusão de que o neoconservadorismo, quer como símbolo político, quer como corpo de reflexão teórica, evoluiu para algo que eu deixei de conseguir apoiar. [...] O neoconservadorismo tornou-se agora irreversivelmente identificável com as políticas da administração de George W. Bush durante o seu primeiro mandato e qualquer esforço, nesta altura, para recuperar a designação será, provavelmente, um exercício fútil. É muito mais importante redefinir a política externa americana para que esta possa passar além do legado da administração de Bush e dos seus apoiantes neoconservadores.» Francis Fukuyama