Os textos aqui reunidos tratam de relações contemporâneas entre cidade, cultura e arte, organizando-se em torno de três núcleos interligados: o primeiro diz respeito à relação entre o estético e o político; o segundo, à relação entre cidade, arquitetura, espaço público e cultura urbana; e o terceiro, à arte urbana. O eixo transversal articulador desses núcleos é trabalhado a partir da filosofia de Jacques Rancière. No interior deste eixo assenta-se a questão da emancipação, considerada como a verificação polêmica da igualdade, que leva a atos intermitentes de resistência, efetuados diante da lógica da desigualdade inerente ao vínculo social. Esta verificação é precária, descontínua e consiste na introdução de algo que é, ao mesmo tempo, próprio e impróprio a desafiar a ordem estabelecida.