Conversa na Sicília é considerado o mais significativo romance do italiano Elio Vittorini (1908-1966) e marca uma guinada na trajetória do autor. Do ponto de vista político, registra sua aversão ao fascismo e a conseqüente adesão ao comunismo. Do literário, inaugura uma concepção de linguagem como instrumento coletivo, arma para falar em nome do gênero humano ultrajado. Silvestro, o protagonista, retorna de trem à cidade onde nasceu, na Sicília, depois de quinze anos morando no norte da Itália. A paisagem, os cheiros, as conversas dos companheiros de viagem redesenham aos poucos a geografia de sua infância