Se fosse dizer qual o principal acontecimento de sua vida, Raul Drewnick mencionaria o dia em que descobriu poder ser considerado, já aos seis anos, um leitor. O amor às palavras, tão cedo descoberto, revelou ser o melhor meio, com o auxílio da imaginação, de viver as aventuras dos livros infantojuvenis que lia e encarnar os heróis que havia neles. O prazer da leitura o tornou escritor e o que sugeria ser apenas um sonho de juventude se mostrou um projeto de vida. Raul escolheu o jornalismo como profissão, por acreditar ser a mais próxima da literatura. Na imprensa, foi revisor de provas, redator e depois cronista (no O Estado de S.Paulo, na Veja, no Diário Popular e no Jornal da Tarde). Escreveu duas dezenas de livros, na maioria infantojuvenis, e fez isso levado por aquele amor à leitura conhecido na infância.