Com os progressos da medicina, que permitem a sobrevivência de deficientes, mongolóides, vagabundos, indigentes e outros degenerados, a espécie humana teria conseguido escapar às leis da sobrevivência do mais forte; seria, portanto, necessário repor a verdade da evolução na espécie humana, procedendo à eliminação racional e sistemática daqueles que provocavam a degenerescência da espécie." Isto é a eugenia. Obra que define o eugenismo e mostra como a teoria darwiniana da selecção natural foi desenvolvida pela ambição de melhorar a espécie humana, graças à ciência. Após a exposição das teses dos principais eugenistas e das suas derivas racistas, André Pichot explica por que razão a biologia do princípio do século as sustentou e, como depois da Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento da genética as fez regressar. Finalmente, são focados os riscos de um retorno ao eugenismo, com o estabelecimento, sob a capa da terapia genética, de um despiste destinado a assegurar o nascimento de crianças "biologicamente correctas". ANDRÉ PICHOT é investigador no CNRS (equipa "Fundamentos das Ciências", Estrasburgo). Autor de vários livros, reeditou obras de Galeno, Bichat, Lamarck e Pasteur.