Está em sua mão o capítulo 8 de Finnegans Wake, “Anna Livia Plurabelle”, o mais conhecido do livro. Foi muitas vezes traduzido, e por nomes importantes, como Samuel Beckett. O próprio Joyce acompanhou a tradução de “ALP” para o francês e o italiano. É deste capítulo a porção do livro que Joyce leu para um gravador em 1929, em Cambridge, quando o título Finnegans Wake, que emergiu em 1939, ainda era um mistério e o livro se chamava “Work in Progress”, uma “Obra em curso”. Ao escrever esta orelha me pego pensando no quanto a palavra “orelha” é importante em Finnegans Wake, obra-rio em que riocorre Persse O’Reilly (oreille = orelha) ou Earwicker (ear = ouvido / orelha). Em outras línguas, esse flap do livro tem nomes menos sugestivos. Que capricho da língua portuguesa ter orelha e não rabat!