Traduzida em mais de 30 línguas, a obra de Stefan Zweig será reeditada pela Editora Record. O seis primeiros títulos (Fernão de Magalhães, Joseph Fouché, O mundo que eu vi, Momentos decisivos da humanidade, O medo, Vinte e quatro horas na vida de uma mulher) serão lançados, simultaneamente, em novembro. É a primeira vez nos país que a obra de Zweig é traduzida a partir dos originais em alemão (as edições anteriores foram traduzidas da versão em francês). O escritor, nascido em 1881, em Viena, começou a escrever desde muito cedo. Aos vinte anos escolhe a poesia como "estilo" de estréia na literatura. Logo mostra-se igualmente competente na prosa. Com uma obra variada que vai dos romances ao ensaio e à biografia, Zweig conseguiu enorme popularidade destacando-se como escritor no período de ascensão do totalitarismo e da intolerância nazista. No entanto, não tardou para que seus livros fossem queimados e entrassem para a lista de publicações proibidas, por serem de autoria de um judeu. Em 1934, Zweig inicia sua peregrinação pelo mundo e, nas viagens, pesquisa material para as futuras biografias como a de Maria Stuart e de Fernão de Magalhães. Descobrindo finalmente a América a pretexto de conferências e negociações com editores, o escritor encontra um novo paradeiro: Brasil. Deste encantamento pelo país resulta o livro Brasil, país do futuro e a decisão de morar em terras tropicais. Após ter se radicado em solo inglês, é somente em 1941, na serra fluminense, que o pacifista Zweig encontra tranqüilidade para finalizar sua autobiografia O mundo que eu vi. Em 1942 Zweig e sua mulher, Elisabet Charlotte Altmann, são encontrados mortos, por ingestão de uma alta dose de soníferos, em sua casa em Petrópolis.