Como uma “mídia bastarda” da TV e do cinema, os vídeos musicais se tornaram algo mais do que um gênero. Resultado de sua velocidade de produção e exibição – e do fato de ser um produto de consumo gerado e exigido pela indústria –, os videoclipes passaram a ser habitados por artistas capazes de vencer as limitações da mídia. Com a ausência de hierarquia entre o velho e o novo, o tecnológico e o artesanal, o videoclipe coloca em movimento todo o repertório do mundo."Comunismo da Forma - Som, Imagem e Política da Arte", organizado por Fernando Oliva e Marcelo Rezende,propõe uma investigação das possibilidades apresentadas pelo formato do vídeo musical, ao mesmo tempo produtor e conseqüência do nosso momento histórico – o hipercapitalismo. O livro surgiu a partir da exposição Comunismo da Forma: Som + Imagem + Tempo - A Estratégia do Vídeo Musicais, mas não é um catálogo. Trata-se de uma publicação que debate os temas levantados pelo projeto por meio de ensaios e entrevistas, textos que refletem a respeito da força do império das imagens quando este se une a uma nem sempre descartável canção para criar um comentário sobre a política e a sociedade.