Estamos vivenciando uma epidemia de proporções mundiais: a obesidade. No Brasil, quase metade da população já está acima do peso. De acordo com as autoridades da área, cujas opiniões são replicadas pela mídia, a culpa é da comida em excesso e do comportamento sedentário, ou seja, ingerimos mais calorias do que gastamos. Esse pensamento está tão enraizado na sociedade e em nossas mentes que parece impossível que esteja errado, e muita gente passa a vida sofrendo com o excesso de peso. Para Gary Taubes, um dos mais prestigiados jornalistas científicos da atualidade, esse raciocínio faz com que muitas vezes as pessoas sejam acusadas de falta de força de vontade, quando na verdade tal receita para emagrecer não está dando certo simplesmente porque esses não são os fatores-chave do círculo vicioso da obesidade. A razão de engordarmos estaria fundada em uma disfunção metabólica: comemos mais por estarmos engordando, e não o contrário. Ao engordar, o corpo precisa de mais energia e produz mais insulina, o que nos dá aquela sensação de fome infinita. A solução: eliminar da dieta os alimentos que causam um rápido aumento da insulina do corpo, como açúcar e carboidratos. Alguns regimes para perder peso funcionam porque, ao fazer uma dieta de restrição calórica, acabamos cortando naturalmente alimentos à base de farinha branca, cervejas e doces. O problema é que acabamos eliminando também gorduras e proteínas, e por isso passamos fome o que acaba levando à interrupção da dieta e novamente ao ganho de peso. A dieta com restrição de carboidratos e açúcar e não a com restrição de gordura seria a única capaz de saciar e de manter controlados os triglicerídeos e alto o chamado colesterol bom, dois fatores que têm relação direta com doenças cardíacas e vasculares. Ou seja, aquilo que nos faz engordar também nos faz adoecer.POR QUE ENGORDAMOS E O QUE FAZER PARA EVITARPOR QUE ENGORDAMOS E O QUE FAZER PARA EVITAR