“Fundamentos da prática lacaniana: risco e corpo”, de Angelina Harari, aborda a prática da psicanálise de orientação lacaniana e seus fundamentos, confrontando-os com os desafios da contemporaneidade, que nos convocam a buscar novas soluções para os impasses com que nos deparamos cada vez mais: os novos sintomas, que parecem ir na contramão da prática da palavra como tratamento, em especial as toxicomanias. Como a autora aborda esse desafio? Partindo do conceito de “risco”, proveniente de outros campos de saber, de maneira a articulá-lo com a noção de laço social em Lacan e com a perspectiva do corpo vivo como Outro para o ser falante, e de sua parceria fundamental com o objeto, este livro nos conduz, de maneira inédita, a romper com certas concepções e standards, de modo a fazer falar o que propõe Lacan em “Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise”: “(...) alcançar em seu horizonte a subjetividade da sua época” (Escritos, p. 322). Esta é a história de Sean Miller, um Dom que tirará sua calcinha com apenas um movimento de sobrancelha e fará até as mulheres mais fortes caírem de joelhos em submissão com seu olhar penetrante. Então temos Samantha Richards, uma policial durona, com uma armadura aparentemente impenetrável e forte o suficiente para resistir a todos, exceto ao único homem que a faz se abrir. Aviso: Se você pensou que os dois primeiros livros da série Bliss eram quentes, você ainda não viu nada. Neste, teremos o uso criativo de algemas, cacetetes, uma cena no clube que você tem que ler para acreditar, e um homem duro como aço e dominante, mas cego quando uma mulher forte o suficiente para desarmá-lo ameaça sua determinação ao não permitir que seu passado dite seu futuro.