Mais do que contar, o autor sempre gostou de ouvir os casos. E, com receio de que eles caíssem no esquecimento, resolveu colocá-los no papel. Assim, teriam vida mais longa. Escreveu o primeiro e passou aos amigos. A resposta foi boa. Daí em diante, brotaram mais alguns. De vez em quando, precisou buscar no fundo da memória alguns fatos já desbotados pelo tempo e trazê-los à luz do dia. Às vezes, o resultado não é aquele esperado, um pouco distorcido pelo tempo, porém a essência é preservada. É claro que surgirão mais e mais casos. Se isso acontecer, o esforço não terá sido em vão. Quem sabe, esse livro seja um incentivo para outros moemenses. A memória de uma cidade é responsabilidade de seus cidadãos. Preservar a memória é tarefa de todos. A geração do autor foi uma geração que viveu momentos de grandes transformações na vida do país. As décadas de 1960/70 tiveram o maior processo de migração da nossa história. Em Moema não foi diferente. A maioria dos jovens da época procuraram os centros urbanos maiores. Foram em busca de melhores chances. Levam ainda consigo a cultura, os hábitos, enfim, as raízes. Naturalmente, esse público é o mais ávido por esse tipo de leitura. Portanto, Crônicas moemenses consegue contar os casos que ficararam. O mineiro José Antônio de Castro nasceu em Moema. É autor do romance Andança, também publicado pela Insular em 2005. Sobre o romance Andança (Insular, 2005) do mesmo autor: Li seu livro com interesse. Insista nesta vertente da criação. Dará certo.Marcos Vilaça. O livro prende e interessa, e certamente você já tem experiência anterior com o trato da palavra e tenho certeza que outros títulos deverão ser gestados ou, quem sabe, até prontos.