O livro de Marília Andrés Riberio propõe um mapeamento da situação das artes visuais em Minas Gerais, centrando-se no levantamento dos artistas que aqui atuam e atuaram a partir da década de 1940. Através de um olhar experiente como historiadora da arte, atenta às condições estéticas, iconográficas e sociológicas, a autora focaliza três momentos distintos e inter-relacionados; o Modernismo nos anos de 1940/50, as Neovanguardas nos anos de 1960/70 e a contemporaneidade dos anos de 1980 até o início do século XXI. Dentro desse recorte, foi inserida também a arte popular. Pensado a partir de uma temporalidade específica para o projeto do Memorial Minas Gerais, Introdução às Artes Visuais em Minas Gerais contempla os artistas mineiros, brasileiros e estrangeiros que tiveram uma atuação significativa em Minas, a exemplo de Alberto da Veiga Guignard e Franz Weissmann. São apresentados também os artistas mineiros que tiveram e ainda têm uma atuação importante fora de Minas, a exemplo de Farnese de Andrade, Raymundo Colares, Rosângela Rennó, Ana Maria Tavares e Iole de Freitas. Considerados como "mestres do neoconcretismo", segundo palavras da própria autora, destaca-se a importância de Amílcar de Castro e Lygia Clark e dos artistas-curadores Frederico Morais e Márcio Sampaio. Certamente é uma importante contribuição para o estudo da história da arte mineira e para futuras pesquisas sobre a arte realizada em outros estados brasileiros.