Nos anos 1990 uma onda de sequestros aterrorizou a população do Rio de Janeiro, a ponto de o estado ostentar uma marca assustadora: dez pessoas presas em cativeiro simultaneamente. Em meio à escalada na violência, começa a ser desenhado o projeto de uma central telefônica para receber ligações anônimas relatando crimes, semente de uma iniciativa pioneira que reuniria sociedade civil, imprensa e forças policiais. Experiente na cobertura da segurança pública no estado do Rio, Mauro Ventura acompanhou de perto o nascimento do Disque Denúncia e fez parte do grupo de jornalistas-clientes, que recebiam informações exclusivas do serviço. Com o passar do tempo, Ventura estabeleceu uma relação de amizade com Zeca Borges, coordenador do DD e sua principal fonte. Juntos, planejaram contar a história da instituição, selecionando os casos mais dramáticos dos 28 anos de atuação do serviço. Com pleno acesso ao banco de dados e à equipe do Disque Denúncia, Ventura não apenas reconstituiu os (...)