A atenção do livro está voltado particularmente para o exame das relações paramórficas no cinema que incorpora a eletrônica como recurso poético. A partir do estudo do signo estético e suas variantes conceituais, procurou-se identificar como as relações estéticas se manifestam em modalidades fílmicas que absorvem a eletrônica e escapam do modelo de estruturação dominante. Neste sentido, a eletrônica provoca uma salutar desordem no cinema e propõe novos elementos para a produção de trabalhos de natureza estética. Ao facalizar duas obras (A Última Tempestade, de Peter Greenaway e, Anjos da Noite, de Wilson Barros) como exemplo para uma análise intersemiótica, identificou-se o cinema eletrônico como um espaço de conjunções e a coexistência de linguagens diversas em sua arquitetura significante. Trata-se de um novo cinema, cada vez mais lúbrido, que desperta para o sentido estético, seguindo a via da contaminação, ou melhor, das entremesclas.