Em A espera constante. Escrita e esquecimento no México do século XVIII são invocados autores ignorados e obras esquecidas procedentes do Setecentos novo-hispano. Os autores que trataremos aqui não são canônicos nem clássicos. Não parecem ter geradoimediatos ecos, nem intensas polêmicas, nem variadas menções entre leitores contemporâneos ou posteriores. Escreveram, por necessidade ou por vocação; escreveram com ou sem repercussões, com ou sem consequências. E continuaram escrevendo apesar de tudo, vindicando a escrita contra toda inutilidade, contra todo reconhecimento, contra todo fracasso. Escreveram pouco, ou muito, como roçando a água com os dedos. Seus textos não foram publicados em vida, nem nos anos seguintes, nem nas décadas seguintes. Porém, acabaram chegando até nós, na condição de esquecidos. Sem ter sido vitimados pela expectativa, agora estão fugazmente reunidos nestas páginas, como se ainda estivessem esperando, constantes.