Práticas profissionais e resistências: movimentos em uma rede de saúde mental aborda os meandros do cuidado em rede. Tão almejado no Sistema Único de Saúde, os arranjos do trabalho em rede são permeados por normativas, protocolos, solidariedades, parcerias, articulações, conflitos e resistências, pois, envolvem os fluxos entre serviços e a circulação de sujeitos: usuários, profissionais e gestores. Nesse processo complexo, as resistências são quase sempre entendidas negativamente como barreira, insensatez ou indisposição, mas raramente se investiga as razões pelas quais as resistências ocorrem, as análises que elas estimulam e as transformações sociais que elas promovem. Faltam, portanto, estudos sobre o que querem os que não querem, parafraseando Gilles Monceau. Diante de um movimento de resistência em uma em rede de saúde mental de Campinas/SP, o autor, como um participante-pesquisador, buscou compreender as motivações dos profissionais-resistentes e acompanhar [...]