A ONU e seu Conselho de Segurança exercem poderoso simbolismo no imaginário coletivo, sintetizando as aspirações por justiça, igualdade e cooperação multilateral. O autor nega e reinterpreta as visões idealistas sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) ao defender que sua missão não é, necessariamente, manter a paz e a segurança internacionais, como reza a Carta da ONU. O CSNU é analisado pelos ciclos hegemônicos de longa duração para provar que sua finalidade é preservar o status quo da ordem mundial unipolar. Propõe uma investigação tripla e indissociável de suas resoluções pela vertente jurídica, política e diplomática. Esta importante obra revela o realismo multilateralista por meio da fabricação de consensos dos interesses de alta densidade dos EUA tanto nas tentativas (fracassadas) de reforma e expansão do CSNU, quanto na guerra contra o terrorismo nas Relações Internacionais pós-11 de Setembro. Competente análise de tema que, há tempos, está na agenda das Relações Internacionais. O autor apoiado em excelente base teórica, em extensa pesquisa e entrevistas, dá mostra de sua capacidade analítica ao estudar o processo decisório do Conselho de Segurança. Thales Castro, em sua carreira de internacionalista, já nos brinda com este belo trabalho. - Shiguenoli Miyamoto - Professor Titular de Ciência Política, Unicamp. De forma simultaneamente precisa e eloqüente, Thales Castro procura desmitificar a imagem que o Conselho de Segurança da ONU por vezes assume tanto junto ao público em geral, como também entre alguns especialistas. Trata-se de estudo oportuno que aborda matéria técnica de maneira atraente a vários campos acadêmicos. Este trabalho interessará aos que se ocupam nas várias disciplinas das ciências sociais e jurídicas tanto da relação instável entre poder, diplomacia e cultura política, como da inevitável clivagem entre a imagem exterior das instituições e a realidade do seu funcionamento." - António Ladeira - Ph.D. - Professor Assistente, Texas Tech University, EUA.