O mobiliário infanto-juvenil da casa paulista na década de 1950 é, antes de tudo, um trabalho de coragem e de fôlego. Coragem por abordar um tema há muito relegado ao pé de página das citações brasileiras e, também, mundiais. Fôlego quando levamos em conta que a pesquisadora teve a iniciativa de “garimpar” um tema inédito.Trata-se de um trabalho especial, primeiramente porque abre espaço para uma abordagem a partir de fontes de informações mais confiáveis e, também e não menos importante, porque enfrenta o desafio de trabalhar um assunto pouco explorado até o momento.Quem teve o privilégio de acompanhá-la durante parte de sua trajetória acadêmica sabe de sua persistência e de sua capacidade de envolvimento intelectual e pessoal.Exatamente essa característica que a coloca em uma situação privilegiada de observadora e de crítica.Por essa mesma razão Thereza Dantas se permitiu organizar um panorama dos aspectos sociais, culturais e econômicos relacionados ao mobiliário infanto-juvenil em conjunto com os preceitos que nortearam a educação das crianças na São Paulo da primeira metade do século xx.