"Os meios de comunicação de massa nas atuais sociedades tecnologizadas, de modo especial os veículos audiovisuais liderados pela televisão, são os responsáveis pelos processos de sedução e hipnose sobre o receptor. A noção de tempo alterado, acelerado pela velocidade das transmissões e pela espetacularização da informação, representa um processo de violência simbólica que perscruta, domina e anestesia os nossos sentidos. Desse modo, a cultura do efêmero torna-se a fórmula mágica nas relações sociais da moderna civilização midiática. Um a espécie de pandemia de signos e símbolos capazes de nos enredar em sua grande teia de significações. São esses meios audiovisuais os veículos mais representativos que nos direcionam para a fronteira entre a realidade e a hiper-realidade. Assim, a coletânea Discursos simbólicos da mídia tenta visitar e revisitar em vários olhares a construção desses castelos de signos e significações contidos na linguagem da produção de bens simbólicos da moderna cultura midiática, e que tem por objetivo amplificar e traduzir essa cadeia de informação/desinformação. Cabe aos pesquisadores da área das Ciências da Comunicação estabelecer vínculos com o objetivo de dominar/domesticar o olhar impaciente do receptor e direcioná-lo à construção dos sentidos como ponto de equilíbrio entre a hipertrofia do real e a sacralização da hiper-realidade nas sociedades midiáticas."