Explicando o aggiornamento da Igreja nas relações internacionais, o livro traz o leitor à presença do Papa responsável pelo novo modo de Ser Igreja. Ao acompanhar a história dos últimos pontificados, o autor comenta a proibição da participação da mulher no sacerdócio, a condenação do divórcio, dos contraceptivos e da homossexualidade. Também relembra as aparições em Fátima, Portugal, desde 1917 manipuladas pelo anticomunismo. Pioneiro, o texto explica como a evangelização impulsionada no século XVI pelos jesuítas no Brasil, Índia, China e Japão construiu a primeira ponte cultural entre as Américas e a Ásia. Infundindo no eixo Extremo Ocidente e Extremo Oriente elementos culturais cristãos, o movimento missionário selou um intercâmbio despercebido nas historiografias das relações internacionais. O padre hispano-brasileiro José de Anchieta, símbolo da construção da nacionalidade, entra em cena ao se abordar sua controversa e demorada canonização. Focando paradoxos do indigenismo em pedaços das Américas, da Ásia e da África, o texto levanta dúvidas sobre a catequese e a integração do índio. Ao relembrar a índole universal da Igreja, os capítulos analisam as tradições imperfeitas como responsáveis pelo monopólio do clero de origem italiana nas chefias das nunciaturas apostólicas. Explicando ao leitor como o Papa Francisco, consciente do poder de influência da Igreja, aperfeiçoa o tratamento da elefantíase corporativista e prepara remédios apostólicos para surtir efeitos. Assim, os representantes do Papa no exterior virão do mundo e não só do pedacinho chamado Itália. Francisco Pão e Água, o vigésimo livro do autor, descortina desafios enfrentados pelo "Papa do fim do mundo". Registrando esperanças pela mitigação das aflições humanas, a reflexão avança temas tratados nas publicações do autor, como nas obras Amazônia, Ecologia e Degradação Social, 1992; Brasil no Mundo das Drogas, 1999; Os Excluídos da Arca de Noé, 2005; Subdesenvolvimento Sustentável, 2010; Diplomacia e Desigualdade, 2011 e Capitalismo Amarelo, 2012.