As atribuições do intensivista sempre foram caracterizadas por seu aspecto multifacetado que transcendem, amiúde, a prática médica. O invólucro e o conteúdo de tais atribuições continuam crescendo, à medida que novos desafios patológicos são interpostos, tecnologias ultrainovadoras são incorporadas e necessidades anteriormente não cogitadas são congregadas. Entre essas últimas, a de gerir e qualificar adequadamente as unidades nas quais se atua passou a ser uma exigência quase natural, não só para os responsáveis técnicos pelas UTIs, que já precisam adicionar técnicas de gerenciamento às suas qualificações, pela própria natureza do cargo, mas também para os demais intensivistas que, premidos pelas exigências atuais de contenção de gastos, racionalização na utilização de recursos e aperfeiçoamento da prestação de serviço, agora têm de agregar aos seus conhecimentos essa nova disciplina de gerenciamento, indissociável do conceito de qualidade. As Clínicas de Medicina Intensiva Brasileira não poderiam deixar de lado esse novo e palpitante campo. Convocamos dois dos maiores conhecedores do tema no Brasil para editarem este volume: Dr. Marcos Freitas Knibel e Dr. Paulo Cesar Pereira de Souza, que juntos lideraram a formatação e disposição dos capítulos, ordenando o vasto conhecimento do assunto na forma de uma leitura agradável e de evidente aplicabilidade prática. Temos certeza de que a leitura deste volume fornecerá novas e úteis perspectivas orientadas a um campo de conhecimento forçosamente necessário nesses novos tempos. Boa leitura!