Nestes contos, Marina Colasanti volta a explorar os abismos da alma feminina. Embrenhando-se por florestas, casas desertas, investigando o amor de um pastor por sua ovelha, a solidão de um ingênuo internauta, ou a espera de uma mulher por um homem a autora exercita sua prosa afinada. Os contos deste livro diferem do estilo miniconto ao qual a autora se dedicou ao longo de três livros, desde Zooilógico. Em “O leopardo é um animal delicado”, ela optou por um texto mais longo, mais alentado, que lhe deu espaço e tempo para compor histórias de muitas nuances. A narrativa é leve e insinuante, plena de sentimento e um verdadeiro convite à reflexão sobre a própria natureza da condição humana. Hábil em explorar o feminino, Marina cria imagens sutis e poéticas, despe e revela lados inexplorados, secretos.