Neste poema longo em série, estreia da romancista Socorro Acioli no campo da poesia, o leitor embarca rapidamente na fábula que tem início com um trágico naufrágio em pleno mar Negro. Em seguida, aportamos num arquipélago perdido no meio do mar, espécie de lugar enfeitiçado, que não aparece nos mapas. A história se desdobra ali, numa tentativa de sobrevivência nessas ilhas invisíveis que revela, afinal, algumas das questões mais essenciais da vida: os medos, a geografia de onde estamos, o encontro com o outro. A plaquete Takimadalar, as ilhas invisíveis faz parte da nova se´rie de plaquetes do Círculo de poemas em que os escritores sa~o convidados a escolher um mapa de um lugar — real, inventado, desejado — e escrever a partir dele. Socorro Acioli propôs aqui o mapa da própria vesícula, feito pelo Dr. Fábio Rocha F. Tavora, do Laborato´rio Argos: uma cartografia dos órgãos internos.