A pequena cidade insular de Negromonte vê sua perfeição ser maculada por um nefasto acontecimento que começa a revolver a pouca terra que encerra seus segredos. Um homem de repente se dá conta de que está diante de um caixão. Para seu espanto, não se recorda de nada anterior a este momento: como chegara ali, quem são as pessoas em volta, ou mesmo seu próprio nome, mas não tem dúvidas de que amava impetuosamente a pessoa que vê sendo sepultada. Roberto Figueira, dolorosamente dividido entre laços de amizade e deveres de policial, percebe que cada nova pista chega para estremecer as delicadas estruturas de seu já desgastado círculo afetivo e começa a ver que o fim da investigação estará vinculado ao esparso retorno da memória de seu amigo de infância.