"O enorme fascínio pela figura do vampiro é tão duradouro quanto sua própria existência. Tendo suas origens em figuras mitológicas e folclóricas de diversas partes do globo, o vampiro é hoje um astro midiático, apropriado pela cultura popular de massa. Ele encanta e é desejado, ocupando lugares radicalmente diferentes daqueles por ele ocupados em sua gênese literária, quando era travestido de um morto-vivo perigoso e fundamentalmente representativo do mal. Através de um olhar para obras clássicas e contemporâneas da literatura vampiresca em diálogo com a religião, a filosofia e a crítica literária este livro se propõe a observar e refletir sobre o contínuo processo de transfiguração do vampiro, no que se liberta das amarras que o confinava no lugar fixo do antagonista, para então ocupar lugares inéditos na contemporaneidade, fora da clausura da escuridão, mas sempre pairando à sombra do mal. [...]