Esta obra primou pela análise da imagem da barbárie representada no cinema documentário na crise estrutural do capitalismo contemporâneo. Em especial, as cenas de violência e brutalidade cometidas na sociedade em meio às crises sucessivas do capital após o desmantelamento do chamado socialismo real, pondo fim à Guerra Fria envolvendo os EUA e URSS a partir de 1989. O cinema documentário foi escolhido como ferramenta para esta análise, pois como produto da atividade humana não se encontra dissociado das questões estruturais de uma determinada sociedade. A obra permite ao leitor compreender o conteúdo imagético e discursivo da representação da barbárie, os interesses e a dimensão ideológica presentes nos conflitos onde ela ocorre, assim como apreender o fenômeno das explosões de barbárie no mundo, associando-o com a crise estrutural do capital nos dias atuais.