Velhos Tempos, Novos Ventos é um romance envolvente. Nele, Dalcy Angelo Fontanive faz o leitor se debruçar à beira do poço profundo que são as relações familiares de uma cultura camponesa. Cultura que foi sendo decantada ao longo de séculos no norte da Itália, sob a inspeção rigorosa da Igreja, e trazida para o Sul do Brasil, com as mesmas normas e o mesmo controle. Fontanive tem a competência de ir além da crônica e da circunstância. Ele põe diante dos olhos do leitor um drama palpitante, por vezes contundente, inédito na ficção brasileira, nos moldes do que faria um Bernanos. Esta obra faz dueto com o primeiro romance de Fontanive, Prisioneiro da Liberdade, onde o eixo do drama está no personagem que tenta se libertar da teia que a família põe a seu redor. Neste, que a AGE está publicando, o eixo do conjunto de trajetórias narradas está no chefe da família, que vê os novos ventos levando consigo os velhos tempos . José Clemente Pozenato - Escritor e professor. Nunca um livro me deu uma ideia tão clara e profunda de qualquer imigração europeia para o Brasil, sem contar que a narrativa prende o leitor do início ao fim, além de fazer uma fina interpretação psicanalítica dos personagens. Paulo Flávio Ledur - Editor e professor.