A atriz e professora Uta Hagen pede "respeito pela interpretação" - uma referência explícita, no título original desta obra, "ao fato de que todo leigo se considera um crítico capaz". O debate sobre a ética é uma marca do discurso da autora, que ressalta: o ator deve buscar o autoconhecimento e lutar pelo valor da arte. Hagen tampouco ignora aqui os problemas cotidianos vividos pelo profissional do teatro - a batalha dos testes de elenco, as pressões de produção, os jogos de poder. Uta Hagen propõe, com bastante clareza, exercícios eficientes, que nasceram das questões humanas e técnicas que vivenciou na prática. Uma obra para atores e profissionais da interpretação de todos os níveis.